quinta-feira, 14 de março de 2013

Ratos oh praga!!!

Roedores - pragas urbanas

Residências que possuem cães são atrativas para roedores, pois o cidadão brasileiro não é como o europeu ou americano que remove o restante da ração após ter alimentado seu animal, ficando a mesma a mercê dos ratos.


Ratos, ratazanas e camundongos adaptaram-se muito bem à maneira de viver do homem, tornando- se uma praga de grande relevância. Um casal de ratos na idade de seis à sete meses, já produziu uma média de quarenta novos indivíduos, levando-se em consideração fatores limitantes como alimento disponível e doenças. A visão do rato é ruim além de ser daltônico, mas em compensação possui os outros sentidos muito desenvolvidos.
As perdas econômicas causadas pelos roedores é de grande relevância nas lavouras, na armazenagem de grãos onde a sua ação é devastadora, nas indústrias de transformação de alimento, em locais de confinamento de animais etc. Além de causarem danos, transmitem doenças aos animais e ao homem.

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  • São responsáveis pela perda de 30% da produção nacional de grãos e 4% da produção mundial.
  • A cada 3 dias há registro em hospitais e postos médicos de 1 pessoa com lesões por roedura de ratos.
  • O Brasil possui o maior número de espécies e subespécies de roedores na fauna silvestre.
  • A Suíça mantém 0,5 rato per capita, os EUA 2, enquanto no Brasil, nos grandes centros urbanos, existem 15 ratos/habitante, sendo a média nacional de 8.
  • O rato tem existência paralela à civilização de um povo, na Suíça a média de vida de um rato é de 6 meses, já no Brasil ele vive até 2 anos.
  • Se acasalarmos 1 casal de ratos em janeiro, em dezembro teremos 180 mil descendentes e no período de 10 anos serão 48 trilhões.
  • 30% dos incêndios em instalações industriais e comerciais de causas não definidas, são atribuídas à roedores.
  • Na Idade Média, através da transmissão da Peste Negra (peste bubônica e pneumônica), os ratos aniquilaram 25 a 50% da população européia, dependendo do país atingido.
  • Atualmente os ratos e suas pulgas espalham diversos tipos de doenças como : tifo, febre da mordida, leptospirose, hantavírus, triquinose, salmonelose e outras.
  • O hantavírus (vírus letal transmitido pelos ratos) pode ser propagado, simplesmente pelo caminhar do indivíduo sobre superfície de poeira, através da inalação desta. A febre hemorrágica é o pior tipo da doença causada pelo vírus, provoca hemorragia pelos poros, olhos e liquefaz os órgãos internos com altíssimo grau de mortalidade.
  • Os ratos conseguem sobreviver e dar continuidade à espécie em qualquer ambiente, devido a sua extraordinária adaptabilidade, ex.: um rato da Sibéria, que possui pelagem de 11 cm, quando trazido para o Brasil, em 6 meses já produz descendentes com 1 cm de pelagem.
  • Os ratos têm neofobia, fobia pelo novo. Quando entram em contato com objetos ou alimentos recém introduzidos em sua área, enviam os doentes e os idosos do seu grupo para testar o novo produto, depois de algum tempo, se não houver perigo, consomem o produto, por isso nenhum raticida pode ter efeito fulminante, pois seriam facilmente identificados e não consumidos. Ex.: é proibido a utilização de "chumbinho".
  • As colônias competem entre si e quando não há oferta de alimento suficiente, comem seus próprios filhotes.
  • Residências que possuem cães são atrativas para roedores, pois o cidadão brasileiro não é como o europeu ou americano que remove o restante da ração após ter alimentado seu animal, ficando a mesma a mercê dos ratos.
  • O crescimento ininterrupto dos seus dentes incisivos faz com que roam tudo que encontrar, para exercitar sua arcada dentária, atacando: chumbo, diversos metais, alumínio, cobre, madeira, plástico, fios eletrificados, etc.
  • Efeito Bumerangue ou Inversão de Efeito é quando não se obtém a diminuição de ratos em uma área, após um trabalho de desratização e sim inverte-se o efeito desejado aumentando a população existente, ex.: uma colônia que tenha 10 ratos adultos, o aparecimento do 11º rato inicia o canibalismo, os recém nascidos são abandonados pelas mães e comidos pelos adultos, as fêmeas diminuem sua freqüência de cio e parem ninhadas reduzidas (as quais são canibalizadas), somente se ocorrer a morte de 1 dos 10 ratos dessa colônia é que a vaga é preenchida por algum filhote, dessa forma a colônia auto regula-se.
Caso o homem intervenha nesse equilíbrio e consiga eliminar 4 indivíduos dessa colônia, as fêmeas gerarão 20 pequenos ratos, que vão se alimentar da porção de comida dos 4 adultos eliminados, haverá competição direta entre esses 20 filhotes que vão disputar a vaga em aberto na colônia, recompondo o número original, onde os 4 mais fortes tentam eliminar os 16 outros jovens mais fracos, porém esses 16 já não são tão desprotegidos, nem tão inábeis e assim salvam suas vidas fugindo do território e vão habitar as áreas contíguas, estabelecendo novas colônias, dessa forma ao invés da colônia anterior de 10 indivíduos, depara-se com 26 ratos.

Os roedores estão classificados como:
REINO: Animal
RAMO: Chordata (VERTEBRADOS)
CLASSE: Mammalia (MAMÍFEROS)
ORDEM: Rodentia (ROEDORES)
SUB ORDEM: Myomorpha
FAMÍLIA: Muridae
ESPÉCIES: Rattus norvegicus, Rattus rattus, Mus musculus

Ratazanas, rato de esgoto, gabirú, rato pardo (Rattus norvegicus)
O gênero Rattus abrange 56 espécies sendo que somente algumas poucas causam problemas ao homem. Estes roedores são tipicamente generalistas, exibindo ampla preferência por habitats e alimentos. São as espécies em maior número dentre os mamíferos presentes em várias regiões do planeta.
O adulto possui corpo robusto com 18 a 25 cm de comprimento podendo pesar de 250 a 600 gramas. Com pêlos ásperos, orelhas pequenas e arredondadas, olhos de tamanho pequeno em relação ao resto da cabeça. As patas possuem calos lisos e membranas interdigitais. A cauda é grossa e peluda medindo 15 a 21 cm. São de hábito noturno e transitam com extrema cautela sendo difícil visualizar suas atividades. Possuem um raio de ação de 30-45m em relação ao abrigo.
Possui uma vida média de 02 anos sendo sexualmente maduro entre 60-90 dias de idade. A gestação da fêmea dura de 22 a 24 dias com 08 a 12 ninhadas por ano. Cada ninhada possui de 08 a 12 filhotes com uma média de sobrevivência de 20 filhotes após o desmame por fêmea/ano. Vivem em colônias que agregam até algumas centenas de indivíduos em territórios definidos, e com a presença de dois grupos distintos, os dominantes e os dominados. Em caso de competição com outras espécies (Rattus rattus) a espécie Rattus norvegicus geralmente predomina pelo maior porte e agressividade. Devido a falta de alimento pode ocorrer competição entre colônias.
Seus ninhos geralmente se localizam em tocas ou galerias escavadas no subsolo, onde encontramos pêlos, fezes, restos de alimentos e outros detritos. Fazem suas trilhas ao ar livre formando sulcos no solo e desgastando a vegetação rasteira, buscando água e alimento. A planta dos pés é estreita e sem estrias. Encontramos mancha única de atrito corporal junto ao solo, paredes e muros. As fezes são em forma de cápsulas com extremidades rombudas. Pode-se encontrar sinais de roedura em alumínio, chumbo, argamassa, madeiras próximas ao solo.
São animais onívoros e consomem diariamente 20 a 30g/dia de alimento, que pode ser lixo orgânico, cereais, raízes e carne. Consome de 15 a 30 ml de água/dia.
São excelentes escavadores construindo galerias no subsolo com várias saídas. Devido ao hábito noturno deve-se remover diariamente o lixo e indisponibilizá-lo no período da noite evitando suas visitas ao local. Esta espécie é frequentemente encontrada em beira de córregos e rios, terrenos abandonados, jardins sem manutenção adequada, rede de esgoto e galerias fluviais, depósitos de lixo e entulhos diversos, próximo as linhas férreas.

Rato de telhado, rato preto, rato de paiol, rato de forro, rato de navio (Rattus rattus)
O adulto possui corpo esguio com 16 a 21 cm de comprimento podendo pesar de 80 a 300 gramas. Com pelagem delicada e dorso preto ou cinza, orelhas e olhos grandes e salientes em relação a cabeça. As patas possuem calos estriados e sem membranas interdigitais. A cauda é fina em chicote com poucos pêlos medindo 19 a 25 cm. São de hábito noturno e escalam com extrema facilidade. Possuem um raio de ação de 30-60m em relação ao abrigo.
Possui uma vida média de 18 meses sendo sexualmente maduro entre 60-75 dias de idade. A gestação da fêmea dura de 20 a 22 dias com 04 a 08 ninhadas por ano. Cada ninhada possui de 07 a 12 filhotes com uma média de sobrevivência de 20 filhotes após o desmame por fêmea/ano. Os ninhos são geralmente acima do solo nos sótãos, forros das casas, arbustos, sacarias, frestas de muros, armazéns, porões de navios e nas áreas portuárias. Junto aos muros e madeiramento do telhado encontramos, muitas vezes, fezes e manchas de gordura causadas pelo atrito do corpo nestes locais. Em locais elevados, junto a vigas, canos e colunas encontramos mancha dupla nos locais de manobra para contornar obstáculos. As fezes são afiladas.
De hábito onívoro consome diariamente de 15 a 30g de alimento/dia, concentrando sua dieta em legumes, frutas, cereais, raízes e pequenos insetos. Consomem de 15 a 30 ml de água/dia.

Camundongo, catita, ratinho caseiro (Mus musculus)
O adulto possui corpo delgado com 8 a 9 cm de comprimento podendo pesar de 10 a 21 gramas. Com pelagem delicada e sedosa, orelhas grandes e salientes em relação a cabeça afilada, olhos pretos e salientes de tamanho pequeno em relação ao resto da cabeça. As patas são escuras e sem membranas interdigitais. A cauda é fina e sem pêlos medindo 8 a 10 cm. São de hábito noturno e escondem-se com extrema facilidade em locais estreitos e de difícil acesso. Possuem um raio de ação de 03 a 09 m em relação ao abrigo.
Possui uma vida média de 12 meses sendo sexualmente maduro entre 42-45 dias de idade. A gestação da fêmea dura de 19 a 21 dias com 05 a 06 ninhadas por ano. Cada ninhada possui de 4 a 8 filhotes com uma média de sobrevivência de 30 filhotes após o desmame por fêmea/ano. Os ninhos são geralmente terrestres e acima do solo, geralmente no interior de residências. Realizam seus ninhos em guarda-roupas, frestas de rodapés, prateleiras de livros e móveis em geral onde notamos a presença de pelos, restos de alimentos, fiapos de pano, papel e outros detritos. Escalam com facilidade abrigando-se em despensas, armários, espaços internos nas paredes e depósitos. Se alimentam de cereais, farelos, pão e queijos (3 g/dia) e possuem pouca exigência quanto ao consumo de água. As fezes são em forma de bastonete. As roeduras são delicadas, geralmente grãos parcialmente roídos e abandonados.

Medidas Preventivas:
Antirratização
Acondicionamento correto do lixo; dispor o lixo na rua somente na hora que o coletor recolher; nunca jogar lixo a céu aberto; acondicionamento correto de alimentos; inspeção periódica de locais que possam servir de abrigo e material que adentre ao ambiente; vedar frestas ou vãos; colocar telas, grelhas, ralos do tipo abre-fecha, sacos de areia; evitar acúmulo de materiais inservíveis; manter terrenos baldios limpos e murados; manter limpas as instalações de animais domésticos; educação da comunidade envolvida.
Desratização
O uso de venenos deve ser feito por pessoas capacitadas na manipulação dos mesmos e que conheça as técnicas de aplicação, uma vez que o uso descontrolado pode contribuir para o aumento da população em vez de controlá-los.

Fontes: Prefeitura de São Paulo (www2.prefeitura.sp.gov.br); Prefeitura de Maringá (www.maringa.pr.gov.br); Pragas On Line (www.pragas.com.br); Astral Saúde Ambiental (www.astral.ind.br)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Arapuca!!!

A arapuca surgiu desde a época dos índios que começaram a criar armadilhas para capturar possíveis presas que se tornariam presas e comida para a tribo. É um artefato indígena que teve origem no Brasil. É feita de madeira e a maioria delas tem formato de pirâmide, é destinada a pegar principalmente aves ou pequenos mamíferos, mas feita em outras proporções também podem pegar outro tipo de mamíferos maiores, mas nesse caso a armadilha precisa ter algo de peso em cima para que o animal não escape.

É uma tática muito comum que até alguns pesquisadores adotam para capturas de animais de pequeno porte, pois é um tipo de armadilha que não machuca o animal, embora deixe as técnicas de manejo um pouco mais difícil de ser executada.
Instruções:



A estrutura da armadilha é feita com a madeira, você pega os pequenos pedaços e entrelaça entre eles o barbante ou o arame, da forma a formar 4 triângulos, lembrando que para fazer uma pirâmide a madeira tem que ir afinando. Para explicar melhor, para fazer um triângulo você vai ter que montar a estrutura com a base maior e a parte superior menor. Faça isso 4 vezes.

Depois das primeiras estruturas montadas, você vai juntá-las para formar a pirâmide, mas sem a parte da base, que é onde vai ficar o animal quando ele for capturado. Fica uma armadilha bem leve, portanto nessa hora você vai pegar um graveto em forma de Y para deixar a armadilha de pé e amarre um barbante nele para puxar. Então uma parte dela vai fica no chão, e a outra parte erguida, que será por onde o animal vai entrar.
Embaixo da armadilha você vai colocar a isca, pode ser alpiste, milho, frutas, tudo depende de que tipo de animal você pretende pegar. Se for capturar animais maiores, a armadilha também deve ser maior para caber a isca dentro. Em todo caso, você deve pesquisar para saber qual a alimentação do animal que você pretende capturar. Nesse momento fique atento e quando o animal fica embaixo da arapuca, puxe o barbante para que ele fique preso.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Estão esquecendo as modas de viola!!!

Vieira & Vieirinha


Não podemos deixar a nossa musica raiz morrer no interior do Brasil, temos que passar essa cultura maravilhosa para os mais jovens, para eles levarem pra frente, tem que ter mais olhares pra musica raiz.

Quando tenho oportunidade, sempre assisto o programa Viola, Minha Viola da TV Cultura, apresentado por Inezita Barroso-nossa enciclopédia viva da cultura caipira-, que vai ao ar nas noites de Sábado e nas manhãs de Domingo. E um fato que tenho notado nesse programa de auditório é a faixa etária da platéia, quase que exclusivamente formada por sexagenários. Isso chama a atenção pelo fato de que a geração atual está cada vez mais distante das nossas raízes culturais. A verdadeira musica sertaneja não é esse lixo musical das FMs, e seus artistas não são aqueles que desfilam patrimonios de fazendas e carrões importados nos programas de domingo à tarde. Muita gente não sabe, mas o termo pagode é de origem caipira. Pagode significava festa de fundo de quintal, onde as pessoas se divertiam e tocavam seus instrumentos ao som dos ritmos regionais.
Tião Carreiro( um dos maiores artistas da musica brasileira não reconhecido) inventou um repique de viola diferente e batizou o novo ritmo de Pagode, que atualmente é chamado de Pagode caipira, para que não haja confusão com o pagode(pseudo-samba) das FMs(façamos justiça ao Pagode do Morro, que não tem nada haver com esse lixo de FM).
Um argumento pelo fato da musica raiz estar preterida pela geração atual é que aborda temas distantes da realidade urbana, como as paisagens do sertão, causos de boiadeiros errantes,etc. Mas nesse argumento é que muita gente se engana. Vejam a letra da musica "O Rico e o Pobre", escrita por Nhô Chico e Dino Franco, e gravada pela dupla Dino Franco e Mourai. Tenho certeza que muitos punks e rappers se identificarão com o tema após sua leitura:
"Há tempo venho notando e fazendo conferência
Entre o rico e o pobre há uma grande diferença
O rico tem o que quer, o pobre só tem carência
O rico faz o pecado, o pobre faz penitência
Quando o rico fica velho, descansa na opulência
O pobre quando envelhece, coitado ainda padece
Na fila da previdência.

Entre o rico e o pobre é dificil a convivência
Por isso de vez em quando acontece divergência
Se o pobre bater no rico vai sofrer as consequências
Coitado vai pra cadeia por praticar violência
Se o rico bater no pobre, ninguem faz advertência
O azar é do mais fraco, diz que o pobre enche o saco
E o rico perde a paciência.

Existe uma velha lenda que me lembro com frequência
Diz que quando morre um pobre e um rico na adjacencia
O rico monta no pobre todo cheio de imponencia
Toca lá pro paraíso, que é a ultima residência
Lá o rico é recebido com aplausos da assistência
E o pobre pode entrar se ele conseguir achar
Uma porta de emergência.

Na hora do julgamento o rico ganha indulgência
Porque tem advogado provando sua inocência
O pobre se enrola todo no exame de consciência
O arcanjo São Miguel já vai lavrando a sentença
O rico fica no céu que é o lugar de preferência
E o pobre sai do pregório direto pro purgatório
Pra fazer mais penitência".

Como percebemos, não é só a MPB, o Punk Rock e o Rap que que discorrem sobre temas sociais de forma contundente como vimos na letra de "O Rico e o Pobre". Tião Carreiro e Pardinho gravaram a musica "Filhinho de Papai", uma alfinetada na juventude burguesa dos anos 60. Tonico e Tinoco compuseram e gravaram a bela toada "Boi de Carro", onde falam da exploração do trabalho através do reencontro do velho carreiro, já cansado e sem dinheiro, e o seu fiel boi carreiro, descaído pelo oficio e marcado para o corte.
Essa é a nossa musica raiz, esquecida pela geração atual, talvez pelo preconceito imposto pela midia, ou pela massificação da cultura estrangeira ou ainda de os nossos jovens sentirem vergonha em dizer que gostam da nossa musica caipira. Uma das maiores riquezas de um povo é a sua cultura, e essa riqueza esta se tornando parte do nosso passado.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Novos Araças!!!

Os Novos Araças são um grupo de catira que tem aqui na nossa cidade Araçatuba, esse grupo tem um catira maravilhoso e todo lugar que eles vão em festa emocionam todos, eos espectadores sempre pedem para eles dançarem mais, esse grupo é formado por catireiros velhos e novos, homens e mulheres até por crianças é um grupo bem familiar e que dá muito gosto ficar assistindo e escutando as modas de DU viola e Horizonte.
A catira nao pode morrer no interior paulista e nem outro lugar, temos que preservar muito essa cultura caipira. Eu vou lutar com todas as minhas forças para nao deixar essa cultura tão linda morrer, por favor vamos preservar a catira as modas de viola, isso é tão bonito!!!
DU viola e Horizonte

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Historia da viola caipira





Origem da Viola
A viola é um instrumento musical do meio rural, sendo  encontrada no  sertão brasileiro.
...A nossa viola bastante antiga, veio de Portugal e ao chegar  em terras brasileiras sofreu algumas modificações, não só em sua forma como também no número de cordas.. Evoluiu tanto que nós conhecemos no Brasil cinco tipos distintos de violas de cordas de aço: a paulista, a goiana, a cuiabana, a angrense e a nordestina. Dos tipos mencionados, estudaremos apenas a paulista e a angrense pelo fato de serem as mais conhecidas e encontradas com maior freqüência em nosso Estado.
A viola é o instrumento fundamental do "caipira”, pois suas cordas quando tocadas emite uma vibração ao ar. Serve para acompanhamento de canto e dança. Pode ser tocada só, executando solos, em dupla, ou para acompanhamento.
A entrada  da viola nos palcos e hoje nos auditórios das estações de rádio e televisão, foi mérito do saudoso folclorista paulista Cornélio Pires, que em 1910 organizou um programa de violas no palco da cidade de Tietê e pouco mais tarde, num festival em São Paulo, no então Mackenzie College.
Quando os portugueses  chegaram ao Brasil, ao lado do desejo de trabalhar para  povoar e colonizar as terras brasileiras, trouxeram também algo que encheria os momentos de lazer. As danças e os cantos camponeses, a viola, a rabeca, o adufe, o triângulo, a tarola, o culto a São Gonçalo, as Folias de Reis e do Divino Espírito Santo,. Na terra além-mar eles iriam viver e, as danças, cantos, cerimônias religiosas contribuíram para anular a nostalgia.
Não há dúvida que tenha sido introduzida pelos portugueses. Gabriel Soares de Souza, a ela se refere. Joaquim Ribeiro, no seu precioso "Folclore dos Bandeirantes" fala sobre a moda... e não há moda sem viola. ". Embora o violeiro dê preferência à feita à mão, economicamente se vê obrigado a comprar a industrializada. A viola caipira, é usada nas danças como o Fandango, Congadas, Folias de Reis e no Catira...
Basta haver amor por determinada coisa, para que o homem lhe empreste imediatamente certos atributos humanos. A viola, instrumento mais usado entre o povo do meio rural brasileiro, por isso mesmo padece das muitas doenças que atormentam o ser humano. A viola se resfria , pega quebranto......
As doenças da viola seriam provenientes desse antropomorfismo que lhe é atribuído pois tem braço, costas, boca, ilharga, orelhas (cravelhas), "cacunda", pestana,
O violeiro cuida da saúde de sua viola: contra quebranto, galhinho de arruda no seu interior, jogado boca a dentro em noite de 6a. feira, na primeira após a compra do instrumento; para ser um “bão” violeiros, é colocando um guizo de cascavel.dentro da viola E contra todos o mau olhado, nada melhor do que uma fita vermelha .E bom violeiro é sempre invejado! Tocar viola é uma coisa tão almejada que chegam a fazer pacto com o diabo na 6a. feira santa.
Quer ver violeiro contrariado, é um estranho tocar em sua viola ou pedir licença para "arranhar as cordas”. A mão de estranho "destempera" porque transmite eflúvios maléficos ao seu instrumento. . . é pior do que se "botasse mau olhado".
Há violas que se "constipam", isto é, que se resfriam só pelo fato de serem guardadas com as cordas encostadas á parede que lhe transmite umidade. Violeiro que se preza guarda a viola num saco e pendura na parede. À noite estando sozinha, sente frio, porque nas braços do violeiro, ela sente calor. Mas, há violas que precisam tomar sereno para ficar com boa voz, para "declarar bem". Outras, com o sol se arruinam e chegam a se "destripar", descolam o tampo dos aros: é a insolação.
Violeiro que se preza não carrega viola debaixo do braço e sim na mão, segurando-a pelo seu braço. "Viola é mulher, e quem sai com ela na rua, vai de braço dado. Violeirinho de meia pataca é que põe a viola debaixo do braço. O sovaco é lugar de encostar a muleta e não a viola". Viola carregada debaixo do braço fica reumática, não afina mais, fica mancando das cordas.
Embora o viola tenha lá suas doenças, é inegável o poder que ela possui para curar as doenças quando tocada em romarias para São Gonçalo do Amarante. A viola nas danças do santo português - padroeira dos violeiros, além de arrumar casamento para as moças que vão ficando para "tias", cura também reumatismo. Quem num cateretê "pisar nas cordas da viola", isto é seguir-lhe o ritmo, sem errar, jamais ficará doente dos pés, das pernas, nunca terá   varizes. E' portanto um preventivo maravilhoso que só os catireiros têm o privilégio de possuir.
Se por um lado há doenças da viola, por outro ela tem grande função medicinal. Ela cura as doenças, mata a saudade, elimina a tristeza,.,.E' por isso que "violeiro morre é de velho

Fonte: http://pt.shvoong.com/internet-and-technologies/1851834-historia-da-viola-caipira/#ixzz23StzHtIr